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Upado por: José
Fonte:donzelacrista
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A mulher piedosa é a que traz a essência da bondade, piedade e santidade para o mundo em sua volta. “Do mesmo modo, quero que as mulheres usem traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam não em primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo, e sim em boas obras, como convém a mulheres que professam a piedade.” (I Tm 2, 9-10). Desta maneira, é evidente que o Corpo de Cristo necessita de mulheres capazes de apiedar-se em seu interior, primeiramente, para que possam externa-las com ações práticas. Para isso, somos capacitados pelo Espírito Santo que frutificará em nós a caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura e temperança (Gl 5, 22-23) para a nossa caminhada diária na busca incessante pelo Senhor.
A honra emana da humildade. A humildade não é ser fraco, mas reconhecer nossas fraquezas; não é ter uma baixa estima, mas é pensar menos sobre si mesmo. Humildade simplesmente significa que temos uma avaliação imparcial das nossas forças e fraquezas. Comte-Sponville comenta: “A humildade é esse esforço, pelo qual o ‘eu’ tenta se libertar das ilusões que tem sobre si mesmo e – porque essas ilusões o constituem – pelo qual ele se dissolve”. Compreendemos nossa maneira de ser e nossas capacidades. Estamos conscientes disso, mas não ficamos nos lamuriando por causa de nossas limitações. Vemos tudo o que temos como dádivas de Deus e sabemos que sem Ele nada seríamos. “Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido”. (I Pd 5,6)
Quando uma mulher cobre sua cabeça na Igreja Católica, simboliza sua dignidade e humildade diante de Deus, não dos homens. Não é surpresa as mulheres de hoje terem tão facilmente abandonado a tradição do véu quando os dois maiores significados do véu são piedade e humildade.
“A santa mãe Igreja instituiu os sacramentais, que são sinais sagrados pelos quais, à imitação dos sacramentos, são significados efeitos principalmente espirituais, obtidos pela impetração da Igreja. Pelos sacramentais os homens se dispõem a receber o efeito principal dos sacramentos e são santificadas as diversas circunstâncias da vida.” (CIC, 1667).
“Os sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos, mas, pela oração da Igreja preparam para receber a graça e dispõem à cooperação com ela. Para os fiéis bem-dispostos, quase todo acontecimento da vida é santificado pela graça divina que flui do mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, do qual todos os sacramentos e sacramentais adquirem sua eficácia. E quase não há uso honesto de coisas materiais que não possa ser dirigido à finalidade de santificar o homem e louvar a Deus.” (CIC, 1670).
Portanto, o véu é um sacramental. A diferença entre sacramento e sacramental é simples: Os sacramentos (Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão, Unção dos enfermos, Ordem, Matrimônio) foram instituídos por Jesus Cristo para dar a graça santificante às nossas almas. Por meio deles, obtemos a graça santificante que apaga o pecado ou, então, aumenta a graça que já possuímos. Já os sacramentais não conferem a graça em si, à maneira dos sacramentos, mas são caminhos que conduzem a ela, ajudando a santificar as diferentes circunstâncias da vida. Os sacramentais despertam nos cristãos sentimentos de amor e de fé. Assim como crucifixos, medalhas, terços, escapulários, imagens do Senhor, da Virgem e de santos são sacramentais, o véu também o é.
Sendo assim, o uso do véu é um caminho que conduz a exaltação da Santa Eucaristia e não a elevação de si mesmo. A finalidade está em santificar-se e louvar a Deus.
A mulher que cobre sua cabeça na presença do Senhor Jesus no Santíssimo Sacramento está lembrando para si mesma que diante de Deus se deve ser humilde. Assim como com todos os outros gestos exteriores, se é praticado adequadamente, penetra no coração e é traduzido em ações bem significativas. O “véu” cobre o que o Senhor, na Sagrada Escritura, chama de “a glória da mulher”, o seu cabelo. Cobrir seus cabelos é um gesto que a mulher faz espiritualmente para demonstrar a Deus que reconhece que sua beleza é menor que a dele e que a glória dele está muito acima da sua. É uma doação de si mesmo, dos próprios desejos e anseios às mãos do Senhor, com piedade e humildade, e reconhecendo-se totalmente dependente do amor e misericórdia de Deus. Usando o véu, a mulher é relembrada que as virtudes não podem crescer numa alma sem uma grande medida de humildade. Assim ela usa o véu para agradar a Deus e recordar a si mesma de praticar tais virtudes com mais ardor.
“Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente, dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio. É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá com suas plumas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te será um escudo de proteção. Tu não temerás os terrores noturnos, nem a flecha que voa à luz do dia, nem a peste que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao meio-dia. Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás atingido. Porém verás com teus próprios olhos, contemplarás o castigo dos pecadores, porque o Senhor é teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo.” (Sl 90, 1-9)
Esta leitura, por si só, é auto-explicativa. Quando se falava de sombra, pode-se imaginar uma grande rocha projetando sua sombra sobre as areias de um deserto sob o sol escaldante. Ali, os andarilhos poderiam se abrigar da luz e do calor do sol e ter um momento de refrigério e alívio. Refúgio é um lugar para onde se foge em meio a uma guerra ou perseguição. Fortaleza é um local onde se busca proteção e segurança em tempos de perigo e ameaça. A proteção do Altíssimo é um lugar onde podemos nos abrigar de ventos e tempestades da vida que se levantam contra nós. É um esconderijo onde podemos nos ocultar de nossos inimigos. É uma sombra onde podemos ter um momento de refrigério e alívio. Escolher o Altíssimo é estar em constante comunhão com Deus para, assim, desfrutar de abrigo, esconderijo, sombra, proteção e segurança em meio à tribulação. Note que estar com Deus não nos livra de tribulações. Aquele que confia, entrega. Aquele que entrega, descansa. Aquele que descansa, espera. Assim, Deus é abrigo para aqueles que, tendo comunhão com Ele, confiam, se entregam e descansam nele.
Na Santa Igreja, deixamos os problemas do mundo para trás a fim de nos abrigarmos à sombra das asas do Altíssimo, pois seu jugo é suave e seu peso é leve (Mt 11,30). Ao nos encontramos em frente a essa instituição divina, ficamos a um passo desse manancial de misericórdias. Colocamos, então, o véu que representa a fina distinção do ambiente de onde vimos para aquele onde adentramos.
O véu é um recolher-se de si mesmo e abrir-se à intimidade com o Senhor. É confiar e entregar tudo a Ele para que este possa majestosamente imperar sobre o nosso ser, por inteiro.
Por Carina Caetano do Blog: http://servindoporamor.blogspot.com.br/
A honra emana da humildade. A humildade não é ser fraco, mas reconhecer nossas fraquezas; não é ter uma baixa estima, mas é pensar menos sobre si mesmo. Humildade simplesmente significa que temos uma avaliação imparcial das nossas forças e fraquezas. Comte-Sponville comenta: “A humildade é esse esforço, pelo qual o ‘eu’ tenta se libertar das ilusões que tem sobre si mesmo e – porque essas ilusões o constituem – pelo qual ele se dissolve”. Compreendemos nossa maneira de ser e nossas capacidades. Estamos conscientes disso, mas não ficamos nos lamuriando por causa de nossas limitações. Vemos tudo o que temos como dádivas de Deus e sabemos que sem Ele nada seríamos. “Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido”. (I Pd 5,6)
Quando uma mulher cobre sua cabeça na Igreja Católica, simboliza sua dignidade e humildade diante de Deus, não dos homens. Não é surpresa as mulheres de hoje terem tão facilmente abandonado a tradição do véu quando os dois maiores significados do véu são piedade e humildade.
“A santa mãe Igreja instituiu os sacramentais, que são sinais sagrados pelos quais, à imitação dos sacramentos, são significados efeitos principalmente espirituais, obtidos pela impetração da Igreja. Pelos sacramentais os homens se dispõem a receber o efeito principal dos sacramentos e são santificadas as diversas circunstâncias da vida.” (CIC, 1667).
“Os sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos, mas, pela oração da Igreja preparam para receber a graça e dispõem à cooperação com ela. Para os fiéis bem-dispostos, quase todo acontecimento da vida é santificado pela graça divina que flui do mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, do qual todos os sacramentos e sacramentais adquirem sua eficácia. E quase não há uso honesto de coisas materiais que não possa ser dirigido à finalidade de santificar o homem e louvar a Deus.” (CIC, 1670).
Portanto, o véu é um sacramental. A diferença entre sacramento e sacramental é simples: Os sacramentos (Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão, Unção dos enfermos, Ordem, Matrimônio) foram instituídos por Jesus Cristo para dar a graça santificante às nossas almas. Por meio deles, obtemos a graça santificante que apaga o pecado ou, então, aumenta a graça que já possuímos. Já os sacramentais não conferem a graça em si, à maneira dos sacramentos, mas são caminhos que conduzem a ela, ajudando a santificar as diferentes circunstâncias da vida. Os sacramentais despertam nos cristãos sentimentos de amor e de fé. Assim como crucifixos, medalhas, terços, escapulários, imagens do Senhor, da Virgem e de santos são sacramentais, o véu também o é.
Sendo assim, o uso do véu é um caminho que conduz a exaltação da Santa Eucaristia e não a elevação de si mesmo. A finalidade está em santificar-se e louvar a Deus.
A mulher que cobre sua cabeça na presença do Senhor Jesus no Santíssimo Sacramento está lembrando para si mesma que diante de Deus se deve ser humilde. Assim como com todos os outros gestos exteriores, se é praticado adequadamente, penetra no coração e é traduzido em ações bem significativas. O “véu” cobre o que o Senhor, na Sagrada Escritura, chama de “a glória da mulher”, o seu cabelo. Cobrir seus cabelos é um gesto que a mulher faz espiritualmente para demonstrar a Deus que reconhece que sua beleza é menor que a dele e que a glória dele está muito acima da sua. É uma doação de si mesmo, dos próprios desejos e anseios às mãos do Senhor, com piedade e humildade, e reconhecendo-se totalmente dependente do amor e misericórdia de Deus. Usando o véu, a mulher é relembrada que as virtudes não podem crescer numa alma sem uma grande medida de humildade. Assim ela usa o véu para agradar a Deus e recordar a si mesma de praticar tais virtudes com mais ardor.
“Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente, dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio. É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá com suas plumas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te será um escudo de proteção. Tu não temerás os terrores noturnos, nem a flecha que voa à luz do dia, nem a peste que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao meio-dia. Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás atingido. Porém verás com teus próprios olhos, contemplarás o castigo dos pecadores, porque o Senhor é teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo.” (Sl 90, 1-9)
Esta leitura, por si só, é auto-explicativa. Quando se falava de sombra, pode-se imaginar uma grande rocha projetando sua sombra sobre as areias de um deserto sob o sol escaldante. Ali, os andarilhos poderiam se abrigar da luz e do calor do sol e ter um momento de refrigério e alívio. Refúgio é um lugar para onde se foge em meio a uma guerra ou perseguição. Fortaleza é um local onde se busca proteção e segurança em tempos de perigo e ameaça. A proteção do Altíssimo é um lugar onde podemos nos abrigar de ventos e tempestades da vida que se levantam contra nós. É um esconderijo onde podemos nos ocultar de nossos inimigos. É uma sombra onde podemos ter um momento de refrigério e alívio. Escolher o Altíssimo é estar em constante comunhão com Deus para, assim, desfrutar de abrigo, esconderijo, sombra, proteção e segurança em meio à tribulação. Note que estar com Deus não nos livra de tribulações. Aquele que confia, entrega. Aquele que entrega, descansa. Aquele que descansa, espera. Assim, Deus é abrigo para aqueles que, tendo comunhão com Ele, confiam, se entregam e descansam nele.
Na Santa Igreja, deixamos os problemas do mundo para trás a fim de nos abrigarmos à sombra das asas do Altíssimo, pois seu jugo é suave e seu peso é leve (Mt 11,30). Ao nos encontramos em frente a essa instituição divina, ficamos a um passo desse manancial de misericórdias. Colocamos, então, o véu que representa a fina distinção do ambiente de onde vimos para aquele onde adentramos.
O véu é um recolher-se de si mesmo e abrir-se à intimidade com o Senhor. É confiar e entregar tudo a Ele para que este possa majestosamente imperar sobre o nosso ser, por inteiro.
Por Carina Caetano do Blog: http://servindoporamor.blogspot.com.br/
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