JOVEM VÊ O DEMÔNIO
D. — Se não me engano, parece-me que li que D. Bosco também viu o demônio em circunstâncias análogas.
M. — Justamente! E ouça como foi: Certa noite, estava o santo confessando no coro da Igreja de São Francisco de Sales em Turim; era grande o número de jovens ali reunidos, esperando que chegasse a sua vez. Pelo confessionário passam dez, passam vinte, e chega finalmente um que, tendo já feito uma parte da confissão, pára de repente.
— Continue, diz-lhe D. Bosco, que por inspiração divina lia na consciência dos seus filhos. — Continue! E o resto?
— Não há mais nada, Padre, mais nada!
Não temas, meu filho, continua o Santo, o Confessor não ralha, não castiga, perdoa sempre, perdoa sempre, perdoa tudo em nome de Deus; tem coragem…confessa-te bem…
— Não há mais nada! Nada mais!…
— Mas por que, meu filho, queres, com uma confissão sacrílega, dar prazer ao demônio… causar tristeza a Jesus, fazê-lo chorar?
— Garanto-lhe Padre, que não tenho mais nada a dizer!
D. Bosco que vê o perigo que o infeliz jovem corre, inspirado por Deus, abandona a luta inútil e diz:
— Pois bem, olha quem está atrás de ti!
O rapaz vira-se de repente, solta um grito agudo e, agarrando-se ao pescoço de D. Bosco exclama:
— Sim Padre, eu tenho mais este pecado… E conta o pecado que não ousava confessar…
Os companheiros que estavam na igreja ouviram o grito; assim que saíram, cercaram o rapaz, e, curiosos, queriam saber o que tinha acontecido. E ele sorrindo, apesar de estar ainda um tanto assustado:
Se vocês soubessem… Eu tinha cometido uma falta que não ousava confessar. D. Bosco leu meu coração… e eu vi o demônio que, sob a figura de um gorila de olhos de fogo e garras afiadas, estava pronto para me agarrar!
Fonte: tradicaoemfoco.com | catolicostradicionais.blogspot.com.b
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