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Sua Santidade, O Papa Francisco, 266º Papa da Santa Igreja Católica, Bispo de Roma, Vigário de Jesus Cristo, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, Sumo Pontífice da Igreja Universal, Primaz da Itália, Arcebispo Metropolitano da Província Romana, Soberano do Estado da Cidade do Vaticano, Servo dos Servos de Deus.
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Intercedei pela Santa Igreja nesse tempo de tribulações
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Dom Justo Takayama Ukon
,Heroico e protetor senhor feudal católico
A Eficácia da Água Benta contra os demônios (tentações)
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
CONTRA AS TENTAÇÕES
A Eficácia da Água Benta contra os demônios (tentações)
Retirado do Livro da Vida - Santa Teresa D’Ávila
A vida dos santos nos ensina a eficácia da água benta contra os demônios e contra as desordens que podem ocorrer na natureza, e que são causadas pelos pecados e pela malícia do demônio. Ela nos torna cada vez mais seguros de vencermos em nossos combates espirituais.
CAPÍTULO 31
[...]
2. Estava eu uma vez num oratório e apareceu-me para o lado esquerdo, em figura abominável; em especial reparei na boca, porque me falou e a tinha horrenda. Parece-me que lhe saía do corpo uma grande chama, que era toda clara, sem sombra. Disse-me de modo terrível que eu bem me tinha libertado de suas mãos, mas que ele me faria voltar a elas. Tive grande temor e benzi-me como pude; desapareceu e voltou logo. Por duas vezes me aconteceu isto. Eu não sabia que fazer de mim; tinha ali água benta e lancei-a para aquele lado e nunca mais voltou.
3. Outra vez esteve cinco horas atormentando-me com tão terríveis dores e desassossego interior e exterior, que julgo que mais já não se podia sofrer. As que estavam comigo estavam espantadas e não sabiam que fazer, nem eu de que me valer. Tenho por costume, quando as dores e o mal corporal são muito intoleráveis, fazer atos interiores conforme posso, suplicando ao Senhor que, se disso for servido, Sua Majestade me dê paciência e permaneça eu assim até ao fim do mundo.
Desta vez, como vi tanto rigor no padecer, remediava-me com estes atos e determinações para o poder sofrer. Quis o Senhor que eu entendesse como era o demônio, porque vi ao pé de mim um negrito muito abominável, raivando como desesperado porque perdia onde pretendia ganhar. Eu, quando o vi, ri-me e não tive medo. Estavam ali algumas irmãs comigo que não me podiam valer nem sabiam que remédio dar a tanto tormento. É que eram grandes as pancadas que o demônio me fazia dar com o corpo e cabeça e braços, sem eu poder opor resistência e o pior era o desassossego interior, que, de nenhum modo, podia ter sossego. Não ousava pedir água benta para não causar medo às irmãs e para que não entendessem o que era.
4. De muitas outras vezes tenho experiência que não há coisa de que eles fujam mais para não voltar. Da cruz também fogem, mas voltam. Deve ser grande a virtude da água benta e para mim é particular e muito conhecida a consolação que sente a minha alma quando a tomo. É certo que o mais habitual é sentir uma consolação, que eu não a saberia dar a entender; é como um deleite interior que me conforta toda a alma. Isto não é capricho, nem coisa que me tenha acontecido uma só vez, senão muitíssimas e visto com muita advertência. Digamos que é como se alguém estivesse com muito calor e sede e bebesse um jarro de água fria, que parece todo ele sentiu refrigério. Considero eu que grande coisa é tudo o que está ordenado, pela Igreja e consolo-me muito de ver que tenham tanta força aquelas palavras que assim a comunicam à água, para que seja tão grande a diferença que faz da que não é benta.
5. Pois, como não cessasse o tormento, disse: se não se rissem, pediria água benta. Trouxeram-ma e lançaram-na sobre mim e não surtiu efeito. Lancei-a para onde estava o demônio e, no mesmo instante, ele se foi, e se me tirou todo o mal, como se com a mão mo tirassem. Apenas fiquei cansada como se me tivessem dado muitas pancadas. Fez-me grande proveito ver que, não sendo ainda dele uma alma e um corpo, lhes faz tanto mal quando o Senhor lhe dá licença, que será, pois, quando ele os possuir como coisa sua? Deu-me de novo vontade de me livrar de tão ruim companhia.
6. Outra vez, ainda há pouco, aconteceu-me o mesmo, mas não durou tanto, e eu estava só. Pedi água benta às que entraram depois de já eles se terem ido e sentiram um cheiro muito mau como de pedra de enxofre. Eram duas freiras e é bem de crer que, por caso nenhum, diriam mentira. Eu não o senti; durou de maneira a poder-se aperceber bem disto.
[...]
9. Neste tempo também julguei, uma noite, que me estrangulavam. As que estavam ali deitaram muita água benta, e vi uma grande multidão deles fugir como quem se vai despenhando. São tantas as vezes que estes malditos me atormentam, e tão pouco o medo que eu lhes tenho, por ver que nem se podem mexer, se o Senhor lhes não dá licença, que cansaria a V Mercê e me cansaria a mim se eu lhas dissesse.
10. [...] Só direi isto que me aconteceu numa noite de Finados. Estando eu num oratório, e tendo rezado um noturno e dizendo umas orações – que estão no fim do nosso Breviário e são muito devotas -, se me pôs um demônio sobre o livro para que eu não acabasse a oração. Eu benzi-me e ele desapareceu. Tornando eu a começar, voltou; creio que foram três vezes as que a comecei, e, enquanto lhe não deitei água benta, não pude acabar. E, no mesmo instante, vi que saíram algumas almas do purgatório, às quais devia faltar pouco, e pensei que era isto o que o demônio pretendia estorvar. Poucas vezes o tenho visto tomando forma corporal e muitas sem forma nenhuma, como na visão em que, sem forma, se vê claramente que está ali, como tenho dito.
[...]
Marcadores: Formação
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