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NÃO AS NOVELAS - PAPA EMÉRITO BENTO XVI

Leia em PDF terça-feira, 17 de setembro de 2013

A apologia ao sexo e suas consequências

O problema é essa fábrica de meninos e meninas que, no Brasil, anda a todo vapor. Seu combustível? Uma indústria da comunicação que faz apologia do sexo 24 horas por dia. A única diversão do pobre é fazer sexo e ele recebe um incentivo fenomenal para exercitar esse prazer.

Enquanto todos os países sérios do mundo estão preocupados com a explosão populacional, o Brasil só fala em sexo, só mostra sexo na TV, só massifica músicas de sexo.

"Ai, se eu te pego, ai, ai."

Vão me chamar de moralista e puritano, já sei. Sempre os mesmos defensores da "liberdade de expressão"e da "livre iniciativa". 

Imagine o efeito dessa apologia ao gozo entre milhões de pessoas sem educação, sem dinheiro e vivendo em famílias miseráveis e desestruturadas...

Aliás, não precisa nem imaginar. É só olhar para os lados, inclusive porque um desses meninos de rua pode estar chegando para arrancar seu cordão de ouro. Que trocará por uma pedra de crack de 1 real.

O país não tem nenhuma política para com os filhos, nem move uma palha para tentar fazer frente a essa lavagem cerebral que a mídia impõe. Nenhum poder público faz nada para contra-atacar essa avalanche de apelo sexual à qual crianças e adolescentes são submetidos.

O tesão já é a maior força da natureza, não precisa de tanta propaganda.

Outro dia, um jornalista, que por sinal é empregado das organizações Biscoito de Polvilho, escreveu que ficou escandalizado ao ver a neta, de dois anos, se despedir do namoradinho da creche com um beijo na boca. Ele deveria reclamar com seus patrões, incentivadores contumazes dessa sexualização precoce, mas não faz isso para não perder o emprego, claro. Esse vetusto homem de imprensa, que, pelo jeito, logo será bisavô, não ficaria tão surpreso com a precocidade da netinha se deixasse a orla de Ipanema por algumas horas e subisse o Pavão-Pavãozinho para conversar com as adolescentes de lá.

E a emissora líder faz que nem é com ela, como quando noticia, sempre timidamente, a explosão de consumo de álcool por crianças e jovens. Evidentemente ela não vai dizer que uma das razões disso é ela mesma, e suas coco-irmãs, exibirem propaganda de bebida alcoólica o dia inteiro para todas as faixas etárias.

O Brasil tem um câncer: essa lavagem cerebral da mídia, que construiu um poder avassalador durante a ditadura concentrando-se nas mãos de meia dúzia de famílias. Eles têm rádio, jornal, TV, site, o diabo. Fazem o que for preciso para fechar o ano no azul, e o lixo todo vai parar na cabeça do brasileiro, vitimado ainda por uma educação pública de péssimo nível, com professores mal pagos e pessimamente preparados.

Milhões de pessoas vão para o extremo oposto e viram evangélicos (protestantes ) fundamentalistas, outras saem por aí enchendo a cara de Smirnoff Ice e fazendo filhos que não vão ter dinheiro nem saco para criar. Rico, quando quer abandonar o filho, manda para o shopping center. Pobre larga na cracolândia mesmo.

Então, esconda seu colar, porque essa "séria denúncia" do telejornal da noite não vai dar em nada. Depois começa a novela e...

Vamos pra cama, querida?

Texto acima: blog Resistência
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Pouco a pouco vão aparecendo os efeitos do mal das novelas em nossas vidas

Certa vez um amigo já falecido, psicólogo, me disse que “as novelas fazem uma pregação sistemática de anti-valores”. Embora isso já faça bastante tempo, eu nunca esqueci esta frase. Meu amigo Franz Victor me disse uma grande verdade.

Enquanto a evangelização procura incutir nas pessoas uma vida de acordo com os valores do Evangelho, a maioria das novelas estraga o povo, incutindo nas pessoas anti-valores cristãos.

As novelas, em sua maioria, exploram as paixões humanas, muito bem espelhadas nos chamados pecados capitais: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça; e faz delas objeto dos seus enredos, estimulando o erro e o pecado, mas de maneira requintada. 

Na maioria delas vemos a exacerbação do sexo; explora-se descaradamente este ponto, desvirtuando o seu sentido e o seu uso. Em muitas cenas podem ser vistos casais não casados vivendo a vida sexual, muitas vezes de maneira explícita, acintosa e provocante; e isto em horário em que as crianças e os jovens estão na sala. Aquilo que um casal casado tem direito de viver na sua intimidade, é colocado a público de maneira despudorada, ferindo os bons costumes e os mandamentos de Deus.

Mas tudo isso é apresentado de uma maneira “inteligente”, com uma requintada técnica de imagens, som, música, e um forte aparato de belas mulheres e rapazes que prendem a atenção do telespectador e os transforma em verdadeiros viciados. Em muitas famílias já não se faz nada na hora da novela, nem mesmo se dá atenção aos que chegam, aos filhos ou aos pais.

Assim, os valores cristãos vão sendo derrubados um a um: a humildade, o desprendimento, a pureza, a continência, a mansidão, a bondade, o perdão, etc. vão sendo jogados por terra, mas de maneira homeopática; aos poucos, lentamente, para não chocar, os valores morais vão sendo suprimidos. Faz-se apologia do sexo a qualquer instante e sem compromisso familiar ou conjugal; aprova-se e estimula-se o homossexualismo como se fosse algo natural e legítimo, quando o Catecismo da Igreja chama a prática homossexual de “depravação grave” (§2357).

O roteiro e enredo dos dramas das novelas são cuidadosamente escolhidos de modo a enfocar os assuntos mais ligados às pessoas e às famílias, mas infelizmente a solução dos problemas é apresentada de maneira nada cristã. O adultério é muitas vezes incentivado de maneira sofisticada e disfarçada, buscando-se quase sempre “justificar” um triângulo amoroso ou uma traição. O telespectador é quase sempre envolvido por uma trama onde um terceiro surge na vida de um homem ou de uma mulher casados que já estão em conflito com seus cônjuges. A cena é formada de modo a que o telespectador seja levado a até desejar que o adultério se consume por causa da “maldade” do cônjuge traído.

E assim, a novela vai envolvendo e “fazendo a cabeça” até mesmo dos cristãos. A consequência disso é que as elas passaram a ser a grande formadora dos valores e da mentalidade da maioria das pessoas, de modo que os comportamentos que antes eram considerados absurdos, agora já não o são, porque as novelas tornaram o pecado palatável. O erro vai se transformando em algo comum e perdendo a sua conotação de pecado.

Por outro lado percebe-se que a novela tira o povo da realidade de sua vida difícil fazendo-o sonhar diante da telinha. Nela ele é levado a realizar o sonho que na vida real jamais terá condições de realizar: grandes viagens aéreas para lugares paradisíacos, casas super-luxuosas com todo requinte de comidas, bebidas, carros, jóias, vestidos, luxo de toda sorte; fazendas belíssimas onde mulheres e rapazes belíssimos se disputam entre si.

E esses modelos de vida recheados de falsos valores são incutidos na cabeça das pessoas. A consequência trágica disso é que a imoralidade campeia na sociedade; a família é destruída pelos divórcios, traições e adultérios; muitos filhos abandonados pelos pais carregando uma carência pode desembocar na tristeza, depressão, bebida e até coisas piores. A banalização do sexo vai produzindo uma geração de mães e pais solteiros que mal assumem os filhos… é a destruição da família.

Por tudo isso, o melhor que se pode fazer é proibir os filhos de acompanharem essas novelas; mas os pais precisam ser inteligentes e saber substituí-las por outras atividades atraentes. Não basta suprimir a novela; é preciso colocar algo melhor em seu lugar. Esta é uma missão urgente dos pais.

Professor Felipe Aquino


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